27 de setembro de 2014

Linha púrpura

Sobre a Linha Púrpura:



"O objeto deste estudo recai sobre a evidenciação e a possibilidade de utilização da
linha púrpura” como método clínico auxiliar de avaliação da fase ativa do trabalho
de parto, tipo de tecnologia não invasiva que pode possibilitar maior conforto às
mulheres, bem como diminuir a possibilidade de ocorrência de agravos ou
transtornos de ordem biológica ou psicossocial associados à realização do exame de
toque vaginal, muitas vezes evidenciado como um tipo especial de violência de
gênero na área da saúde. A “linha púrpura” inicia-se na região perianal e, à medida
que a dilatação cervical progride, avança para cima pela fissura interglútea em
direção à junção sacro-coccígea e, à medida que a apresentação fetal avança pela
pelve materna, a linha se descolore. Objetivos: verificar a ocorrência da “linha
púrpura” e da descoloração da “linha púrpura” em mulheres na fase ativa do
trabalho de parto; a correlação entre a medida da “linha púrpura” e a medida da
dilatação cervical das mulheres; a correlação entre a presença de descoloração da
linha púrpura” e o grau de descida da apresentação fetal na pelve das mulheres; a
correlação entre a presença da “linha púrpura” e a caracterização social e obstétrica
das mulheres; e, a opinião das mulheres quanto à utilização desse método clínico.
Método: pesquisa descritiva e observacional, com abordagem quantitativa, em
centro de parto normal de um hospital público de São Paulo, de junho de 2009 a
janeiro de 2010, em amostra constituída por 100 parturientes, segundo critérios de
inclusão e de acordo com os princípios éticos em pesquisa. Resultados: 56% das
mulheres apresentaram “linha púrpura” em pelo menos uma avaliação durante a
fase ativa do trabalho de parto; houve correlação estatística significativa entre as
medidas da dilatação e da “linha púrpura”; 22% das mulheres em que foi
evidenciada a “linha púrpura” apresentaram descoloração em pelo menos uma
avaliação; não houve associação estatisticamente significante entre a presença da
descoloração e a descida da cabeça fetal na bacia materna; 67,5% das mulheres
brancas tendem a apresentar mais a “linha púrpura” do que as 47,2% pardas,
embora sem significância estatística; 81% das mulheres afirmaram que a avaliação
da “linha púrpura” não lhes provocou nenhum desconforto, enquanto 96%
afirmaram que a avaliação da “linha púrpura” não lhes provocou os desconfortos
comparados aos do exame de toque vaginal. Conclusões: o método pode contribuir
para o processo de atenção humanizada e centrada na mulher durante o parto e
nascimento, pois, desde que haja a presença da linha, sua avaliação pode ser
utilizada para diminuir o número de exames vaginais, especialmente quando estes
tiverem o objetivo de avaliar unicamente a dilatação cervical."


Fonte:  http://coroando.blogspot.com.br/2013/07/linha-purpura.html

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